O webinar “Empregos do futuro e a preparação para carreiras nas universidades”, realizado em 22 de abril de 2021, discutiu as transformações no mercado de trabalho e o papel das IES no amparo e no desenvolvimento dos alunos para suas carreiras.
O encontro teve a participação de três profissionais:
- Gustavo Rattay, consultor estratégico da Symplicity, iniciou a conversa com uma introdução ao tema;
- Luciane Linden, orientadora de carreira, psicóloga e mestre em Psicologia, apresentou a estratégia de carreiras da Unisinos;
- Rodrigo Estevam, diretor de TI, falou sobre o trabalho focado em carreiras da Unicesumar e trouxe uma reflexão sobre a transformação digital e seus impactos no mercado de trabalho.
Veja a seguir quais foram os destaques do webinar!
Reflexões sobre as mudanças no mercado de trabalho
O primeiro ponto de reflexão foi em relação à responsabilidade das instituições de ensino superior na empregabilidade de seus alunos e egressos.
Conforme apontado por Gustavo Rattay, as discussões sobre o tema são recentes e pouco desenvolvidas no contexto do ensino superior e atuação de áreas de carreiras. Além disso, ainda são poucas as instituições que disponibilizam recursos de apoio para seus alunos se prepararem para colocação profissional. .
No entanto, com a pandemia e a consequente aceleração da transformação digital do mercado de trabalho, as instituições precisaram se adaptar e reestruturar seus processos. Afinal, se o jovem já tinha dificuldades de transitar do mundo do estudo para o mundo do trabalho antes, agora ainda mais.
Gustavo trouxe conceitos importantes e um panorama sobre o futuro do trabalho: novas profissões, desenvolvimento tecnológico, trabalhos remotos e menos duradouros são apenas alguns dos pontos que marcam esse novo mercado.
Do Mundo VUCA (volátil, incerto, complexo e ambíguo), viemos para o Mundo BANI pós-pandemia: frágil, ansioso, não linear e incompreensível.
Considerando esse cenário: o que se espera dos profissionais que estão saindo das universidades?
E como as universidades podem (e devem) preparar seus alunos para os desafios do futuro do trabalho?
Partindo desses questionamentos, os convidados apresentaram as estratégias de empregabilidade das instituições Unisinos e Unicesumar e refletiram sobre os desafios enfrentados pelas IES. Confira!
Estratégia de carreiras da Unisinos
Luciane Linden iniciou a sua apresentação falando sobre o papel social das IES de preparar os alunos que serão os futuros profissionais do mercado de trabalho. Ela reforçou, ainda, a importância de trabalhar não apenas a empregabilidade, mas a trabalhabilidade dos alunos.
Segundo a psicóloga, a Unisinos passou por uma reformulação curricular para atender à demanda de preparar os alunos para suas carreiras de uma maneira mais qualificada.
Para fazer essa reestruturação dos cursos de bacharelado, a instituição definiu o perfil de egresso que querem ter, com base em: competências necessárias para a área, para o curso, para o futuro e seus propósitos pessoais e profissionais.
Atualmente, os alunos da Unisinos têm acesso a diversos serviços e programas de preparação para carreiras por meio da área denominada Unisinos Carreiras.
Luciane Linden afirmou que os principais objetivos da área de gestão de carreiras são:
- criar espaços de reflexão;
- oferecer capacitação profissional,
- contribuir para o desenvolvimento de competências que promovam o gerenciamento das carreiras;
- construir melhores condições de empregabilidade e trabalhabilidade.
Na Unisinos, os alunos podem fazer mentorias com professores e ainda têm a oportunidade de, no final do curso, escolher uma das cinco trilhas disponíveis: empreendedorismo, inovação, internacionalização, mestrado ou trilha específica do curso.
A instituição ainda oferece serviços e realiza ações recorrentes que contribuem para que seus alunos construam suas carreiras de forma autônoma, como:
- evento anual para potencializar forças relacionadas à carreira;
- oficinas de empregabilidade para alunos e egressos com dicas e orientações sobre currículo, LinkedIn, entrevistas e processo seletivo de forma geral;
- programa focado nos alunos que acabaram de ingressar na universidade e ainda têm dúvidas sobre a profissão escolhida — o que contribui para a gestão da permanência da IES;
- programa voltado para formandos e recém-formados e os receios comuns nessa fase de entrada no mercado de trabalho;
- serviços de atendimento individual.
Refletindo sobre a estratégia desenvolvida pela instituição e pela preparação dos alunos para suas carreiras, Luciane afirmou: “Carreira é uma construção contínua, ela não é linear, é algo que é constante”.
Estratégia de carreiras da Unicesumar
Rodrigo Estevam começou reconhecendo a responsabilidade social das universidades e mostrou como a Unicesumar trabalha, como um de seus pilares, a questão profissional.
De acordo com o diretor de TI, na instituição a empregabilidade também é trabalhada desde o início da trajetória acadêmica dos alunos. Por meio do programa Ambientes Profissionais, eles são convidados a exercer atividades práticas das disciplinas em ambientes profissionais.
A instituição também conta com uma plataforma virtual que conecta alunos e empresas, o que, além de ser positivo para os alunos, também auxilia os empregadores e os aproxima da universidade.
Na plataforma, os alunos têm acesso a vagas sugeridas de acordo com seus perfis, testes comportamentais e de competências e conteúdos gratuitos para auxiliar com questões relacionadas à carreira, como dicas para construção de currículos.
O impacto da transformação digital no mercado de trabalho
Para refletir sobre a relevância de as IES investirem na construção de estratégias de carreiras, Rodrigo trouxe um questionamento importante: o que faz o mundo debater os trabalho e as competências do futuro?
Em sua reflexão, ele abordou o papel da transformação digital nessas novas demandas do mercado de trabalho. Hoje, com a tecnologia como centro, os negócios buscam eficiência operacional e melhorias na experiência do cliente.
Isso transforma as competências que os alunos precisam desenvolver para atuar profissionalmente em qualquer área ou função, não apenas nos setores estritamente relacionados à tecnologia, por exemplo.
“Vivemos em um momento adaptativo”, pontuou Rodrigo, o que significa que a indústria se adapta ao comportamento dos usuários e clientes para oferecer produtos e serviços.
Nesse cenário, focado na orientação para servir, os profissionais precisam desenvolver suas habilidades e competências para entender o público e entregar o que esperam. Por isso, as soft skills se tornaram ainda mais valiosas e têm sido, muitas vezes, as habilidades mais valorizadas por empresas e recrutadores.
E é devido ao cenário atual, muito bem apresentado por Rodrigo, que estratégias como as da Unisinos e da Unicesumar são tão necessárias e urgentes para as IES que querem se destacar e preparar seus alunos e egressos para os empregos do futuro.
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